Música nos Anos Oitenta.

Falar do que a gente gosta é sempre muito bom. Sente-se prazer a cada palavra digitada, a cada foto pesquisada, a cada vídeo buscado, a cada lembrança que surge, trazida por essa cadeia de ideias…

Ontem foi assim, quando escrevi sobre o rock. E como uma ideia puxa outra, resolvi convidar minha irmã, Simone, para escrever sobre os anos oitenta, que sei que faz parte das suas melhores lembranças e maiores saudades.

E ela escreveu.

Música nos Anos Oitenta.

Por Simone Pazito

“Foi uma delícia ter sido adolescente e jovem durante os anos 80.

Era uma época cheia de músicas e de todos os tipos. Tinha música pra criança que todo mundo gostava. Tinha música brega, que todo mundo ria e cantava. Tinha MPB de altíssima qualidade. E tinha chegado à cabeça dos jovens a idéia de fazer rock com língua e conteúdo brasileiros.

Era a época da criatividade. A começar pelos nomes das bandas: Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Gang 90 e as Absurdetes, Magazine, cujo vocalista era Kid Vinil, O Espírito da Coisa, Afrodite se Quiser, Os Paralamas do Sucesso, Biquine Cavadão, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, Ultraje a rigor, Engenheiros do Hawaii, e por aí vai.

Saudades dessa época diferente. Saudades do menino Cazuza, alegre e irreverente, à frente do Barão Vermelho, saudades das músicas do Rádio Táxi, Metrô, Herva Doce, Hanoi Hanoi, Plebe Rude, Sempre Livre, Camisa de Vênus, Grupo Zero, RPM, Uns e Outros, Nenhum de Nós e tantos outros que faziam daquela época uma festa. Palmas para Capital Inicial e Os Titãs, que são Imortais.

Naquela época não tínhamos muita tecnologia. Não ficávamos em casa, na frente do computador, nos comunicando. Nós íamos nos reunir, para bater papo, jogar, bater papo, brincar paquerar, jogar charme, e tudo isso é claro, com um perfeito fundo musical.

O bom da modernidade é que temos a internet, que nos permite matar toda essa saudade a hora que quisermos. Bom foi ter vivido aquilo tudo.  Valeu Anos 80!

Abração!”

Essa época foi mesmo muito rica. Também eu aproveitei muito e curti a virada nacional que a música deu, em nosso país.

Particularmente a banda RPM marcou muito a minha história, com Revoluções por Minuto, Loira Gelada, Rádio Pirata, Olhar 43. Tudo isso já na segunda metada na década. Época atribulada da minha vida, que eu encontrei no rock e no meu grupo de amigos, motivos para seguir adiante…

Que viagem!