Por mais que doa, que atemorize, a morte faz parte do ciclo natural da vida. Não é o fim: é uma outra fase, uma etapa de transformação necessária para que outro ciclo recomece.
Mas como somos humanos, a ausência de quem amamos nos machuca. Sofremos com a falta daqueles que um dia dividiram nossas vidas.
Não contamos mais com a sua presença na mesa de jantar, nem ouvimos o som da sua voz e das suas risadas. Não sentimos o perfume da sua pele e nem o toque das suas mãos. Nem o chinelinho está guardado debaixo da cama, esperando o dia seguinte. Como isso tudo faz falta!
Daquela presença, agora restam apenas saudades…
Hoje é o dia de lembrar de quem se foi… Não para mim, porque não posso lembrar de quem não esqueci. Meu pai Luiz Carlos, minha avó Dora, meu avô Manoel, meu compadre Roberto e tantas pessoas mais que não habitam este planeta... Viraram estrelas. Moram no céu!
Sei não… Há controvérsias! Acho que todos eles moram em mim!
Naquela Mesa
(Sérgio Bittencourt)
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre, o que é viver melhor.
Naquela mesa ele contava histórias,
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor.
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã.
E nos seus olhos era tanto brilho,
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã.
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim.
Se eu soubesse o quanto doi a vida,
Essa dor tão doída não doía assim.
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguem mais fala no seu bandolim.
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim.
Acabei de saber que, desde ontem, meu Tio Wilson também é mais uma estrela brilhando no céu! Êta dor que invade a gente…
O irmão da minha mãe, que foi tão presente na minha infância e juventude, agora se junta ao resto da família que já mora no céu! E, com certeza, também está aqui guardadinho dentro do meu peito tristonho.
“Em verdade, em verdade vos digo, que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.” (João 5, 24)
Para começar esta música de Sérgio Bittencourt diz muito... e em suas palavras revivo os meus que se foram, mas que estão tão próximos de mim. Que Deus esteja muito próximo de todos nós nesta passagem, pois sei que Ele já acolheu a todos que se foram.
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