domingo, 5 de fevereiro de 2012

O amor e o vídeo-game.

Descobri a metáfora perfeita para o amor. Só mesmo vivendo e sobrevivendo que a gente pode pensar uma coisa destas!

Geralmente, as meninas ligam o amor aos Contos de Fadas. Vivem na esperança de encontrar seus príncipes encantados… Logo, logo, aprendem que geralmente os sapos é que aparecem em maior quantidade!

Também o amor é associado às novelas, aos contos e romances. Lindos. Açucarados. E todos ficamos, sem exceção, na torcida para que o final seja sempre feliz…

síndrome-cinderela

“E viveram felizes para sempre…”

Isso porque a história parou por ali, porque se tivesse continuado…

Daí eu comecei a pensar nas minhas histórias de amor. E então me veio claramente a melhor comparação: o amor como um jogo daqueles clássicos de vídeo-game. Agora sim, fez o maior sentido.

sonic

Acompanha meu raciocínio: a gente começa  andando (amando) despreocupadamente e logo temos que pular uma série de obstáculos.

No início tudo muito fácil, estamos cheios de gás: amor novo, paixão arrebatadora, tudo vale a pena…

Daí a gente cai em algum abismo desconhecido, perde uma vida. Um susto inesperado. Mas a gente logo dá a volta por cima… Recomeçamos. Novos obstáculos para pular. Outros e outros que não têm fim…

Mas também tem os prêmios, os bônus, os beijinhos, os carinhos, a presença, a satisfação de amar e ser amado… Isso nos dá novo ânimo: novas “vidas”, para perder logo ali na frente…

Fato. Recomeçamos. Surgem personagens incríveis no nosso caminho. Pessoas diferentes. Diferentes obstáculos para pular… Mas a gente segue a diante.

Mas o pior mesmo é quando a gente engrena, vai passando de fase, se enche de autoconfiança, se enche de bônus e aí surge… o chefão!!! Tão difícil de vencer!!! O chefão é quando o seu próprio ser amado lhe prepara um grande golpe. Quer metáfora melhor do que esta?!?

Duro de vencer, esse chefão… Normalmente, é ali que paramos. Morremos. E temos que ir lá no começo de jogo e… recomeçar! Dá um desânimo… Mas a gente vai. O jogo precisa ser jogado.

E é aí que está a grande vantagem dos mais experientes. Já aprenderam que lá na frente haverá um chefão esperando pra lhes derrubar. Já vão mais cautelosos. Não são tão eufóricos, ou tão sonhadores… Sabem que tudo pode ruir à qualquer momento.

Outra vantagem é que de tanto enfrentar os chefões começaram a aprender como vencê-los! Ou, pelo menos, deixar a luta mais justa…

É, meus amigos, amar não é fácil. É um desafio. Um jogo que não tem nada “de tabuleiro”… É pura emoção e adrenalina.

Tem gente que só gosta do mesmo jogo ou da mesma fase. Vai e volta, incontáveis vezes. Insiste e não desiste. Será que esse amor vale mesmo a pena?

Tem gente que, como eu, deixa a vida levar… Não se nega a jogada proposta pelo “próprio jogo” (destino?). Apenas vai.

Me lanço. Salto os obstáculos. Caio. Levanto. Encontro tesouros pelo caminho. Perco. Me perco. Me encontro. Encontro alguém. Perco novamente. Salto novos obstáculos. Mas, sempre, ei de seguir adiante.

A vida não para. Por que eu haveria de parar?

Estou dentro.

Video-game

5 comentários:

  1. como sempre fascinante!!!
    Confesso que sou do tipo que repete as mesmas fases várias e várias vezes.

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  2. Adorei. É tudo verdade. Denise, se você tivesse 20 anos fosse solteira e inteligente como é hoje, pediria você em casamento e jogaríamos vídeo game a vida toda. Rs. Só falei deste jeito porque sei que você não vai me censurar e nem levar tudo ao pé da letra. Rs.

    A comparação foi excelente, muito pertinente, adorei mesmo. As fases você acertou em cheio, olha, a nota do texto é 1000, mas vindo de você isso não é surpresa. Acho que “o chefão” surge ao fim do jogo... E ele representa às desconfianças, os ciúmes, as dificuldades que não são apreendidas como aprendizados e fortalecimento do relacionamento. Eu me lembrei do Mario Word que eu adorava e tenho até hoje o cartucho do Nintendo... Relíquia, ao fim o Mario matava o Copas e saia feliz com a princesa e o “Hiroshi cheio de filhotinhos”. Linda a cena... Parabéns e digo de novo você foi muito feliz na construção deste texto.

    Abraço amiguinha do coração.

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  3. E Game Ouver...Se o amor é um jogo, alguém não me passou as regras... E estão sendo desleal comigo! Amei a comparação, me vi retratado nela!eliz aquele que sabe dizer sim a vida, mesmo quando esta lhe diz não. Concordo que o amor seja e semelhante a um jogo. E preciso atacar os problemas, bloquear os medos e matar quando surgir a oportunidade. kkkk"

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  4. Gostei demais do texto, e ainda vale a pena ressaltar que algumas pessoas(muito poucas) conseguem zerar o jogo, vencer o chefão,e aí participar de um novo jogo, mas que é mais fácil porque se joga acompanhado.
    Triste mesmo são as pessoas que por covardia se recusam a jogar.

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  5. Ah...cada um diz cada coisa sobre o que é o amor.
    Eu amo. Apenas isso.
    Se não o tenho comigo, tudo bem... Apenas não estamos compartilhando isso juntos o nosso amor.
    Persistir, mas não insistir. Amor é liberdade. Uma pena que muitos confundem com libertinagem.
    Deixo-o livre. Mas não quer dizer que estou desistindo, apenas sendo racional.
    Tenho um amor na minha vida, mas isso não quer dizer que vou fechar as portas para outros amores chegarem.
    Bem-vindos.

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