quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

“Sumir”, às vezes, é necessário. Faz bem.

Tenho o hábito de dar uma “sumida” sempre quando não estou muito bem, com o resto do mundo. Como se fechasse pra balanço, como as lojas no fiinal do ano, por exemplo. Do mesmo modo, dou uma “fechada em mim” para reflexão, avaliação e crescimento. Quando o estresse aumenta, as diferentes emoções se acumulam, é preciso parar. Organizar tudo!

A experiência de manter esse blog atualizado diariamente tem exigido muito esforço de mim. Esforço no sentido de não transformá-lo num “querido diário”… Tenho vontade de falar sobre o que estou sentindo, mas seguro-me, porque nem sempre isso seria recomendável. Poderia magoar, ser mal compreendida, criar atritos desnecessários. O importante é não perder o foco.

Minha vida é como a sua, como a de qualquer pessoa. Temos dias alegres, dias tristes, dias pra esquecer, dias pra guardar a sete chaves. Vivemos ao lado de outras pessoas, com as quais estabelecemos relações das mais variadas espécies. Filhos, amigos, amores, pais, vizinhos, síndicos, chefes, e por aí a fora! É de se esperar que nessas relações muita coisa não aconteça do nosso jeito e acabe nos frustrando, nos aborrecendo, nos deixando mal. Mas, em seguida, algo nos alegra, nos reequilibra: uma palavra, um gesto, um carinho, uma atenção. E a gente se recupera, se alivia. Assim são os relacionamentos humanos. Altos e baixos incessantes. Desta forma, muitas vezes, procuro não ser chata no que escrevo, porque como sou uma pessoa absurdamente normal, poderia ser apenas um desabafo dado num momento ruim! Quando isso acontece, peço ajuda a Clarice Lispector, Martha Medeiros, Rubem Alves… Eles ocupam o meu espaço, com  êxito. Daí o sumiço!

Peço desculpas aos amigos que reclamam minha ausência direta, nas suas vidas. Não é intencional. É necessário e salutar. Quando volto, estou renovada. Estou por inteiro. É assim que eu gosto de estar em todas as relações. “Não sei amar pela metade.”  Não sei viver as amizades pela metade. Não sei comer um chocolate pela metade. Nada pela metade me satisfaz. Sou daquelas que não deixa restos de comida no prato, nem a casa mais ou menos arrumada! O inacabado me incomoda. O mal feito também.

Que bom que você compreende e me aceita! Que bom que você gosta de mim e do que escrevo! Espero, a cada dia, atender mais as suas expectativas. Muito gostoso ouvir de pessoas diferentes que têm acompanhado este blog e têm curtido muito. Aproveito para agradecer os muitos elogios que tenho recebido. Quero afirmar o meu empenho em fazer deste blog um lugarzinho gostoso, onde iremos conversar, trocar pontos de vistas, pensamentos, idéias, reflexões, com o intuito de contribuir para que nos tornemos pessoas melhores: eu e você!

(Dedicado aos amigos que reclamam minha ausência. Vocês me deram a inspiração para o texto de hoje.)

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