O nome da capital, aniversariante do dia, foi dado em homenagem a uma grande e “vitoriosa” batalha entre Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, contra os Goitacases, tribo indígena da região. Uma vitória sangrenta, da ocupação portuguesa, na época do Brasil Colonial.
Vitória do poder invasor sobre os povos nativos, donos legítimos das terras. A história do município não é diferente do restante da História do Brasil.
Mas hoje o dia é de festa, e é preciso que se dê a Vitória os créditos do seu presente: uma capital com qualidade de vida para se viver bem e trabalhar.
O espaço territorial é pequeno. Capital insular acrescida por uma pequena parte continental. Somando tudo não ultrapassa noventa e três quilômetros quadrados, praticamente de total área urbana. Poucas praias para banho. Dois grandes portos de exportação, considerados entre os melhores do Brasil. Comércio. Shoppings. Centro antigo, com prédios de época, contrastando com prédios modernos e arrojados. Praças e parques.
Aqui as pessoas consomem peixe regularmente. A moqueca e a torta capixabas fazem parte da culinária tradicional. Sendo o mar muito próximo, o convívio com as águas se faz presente, também, nos esportes náuticos e na atividade econômica pesqueira.
Porém é o futebol a grande paixão nacional! E aí está um ponto fraco: os capixabas não têm o hábito de torcerem pelos times daqui. Torcem pelos grandes times do Rio e São Paulo. Por que isso acontece? Acredito que faltam investimentos para os times disputarem os grandes campeonatos, seja por falta de incentivo das empresas patrocinadoras, da mídia que cobre os eventos, seja pelos próprios clubes e jogadores, que não se profissionalizam a contento. É triste ver os capixabinhas torcendo para o Flamengo, para o Vasco, para o Corinthians… Gostaria de ver essa realidade mudar!!!
Sou carioca, mas moro no Espírito Santo há muitos anos. Trabalho em Vitória e é de lá que tiro o meu sustento e de minha família. Sou muito grata a essa cidade que me recebeu e me acolhe todos os dias.
Nesses anos de trabalho, nas escolas da Prefeitura de Vitória, espero ter retribuído tudo isso, na formação de cidadãos críticos e participativos, que é o objetivo da minha prática pedagógica diária.
Cada capixabinha, que passa pelas minhas mãos, recebe um pouco de mim e deixa um tanto de si. Assim criamos laços e vamos construindo uma Vitória mais digna e mais promissora.
Que o nome VITÓRIA, agora, possa significar a vitória da dignidade sobre qualquer situação vexatória ou de desigualdade! Que o nome VITÓRIA, agora, signifique a vitória da Educação e da Cidadania, numa cidade onde todos tenham a oportunidade de estudar, trabalhar, viver bem e prosperar!
Parabéns, Vitória, pelos seus quatrocentos e sessenta anos!!!
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