Um hábito. Um vício.
O amor vicia, tem contra-indicações e efeitos colaterais. Pode derrubar, quase matar... Tira-nos a razão. Tapa-nos os olhos. Causa surdez e insensatez.
A gente se entrega, se mela e se encontra por dentro, numa só felicidade.
Tão florido é o jardim dos apaixonados!... Flores de cores intensas e perfumes variados. Tão encantador, quanto frágil...
Um dia, começa a murchar. E a gente tenta de tudo: fertilizantes, luz do sol, água... e nada! Murcha uma rosa. Derrama um copo-de-leite. Desbota uma violeta azulada. Despetala mais um botão.
Mas a gente não desiste. Vive assim mesmo, convivendo nesse jardim pela metade.
Se conforma em ser pouco amada, até em ser usada. Se conforma em ser apenas um brinquedo! Ou quase nada.
A relação não existe mais de fato. Nem nas fotografias, que foram apagadas. Só nos sonhos de alguém que ainda sonha… só!
É preciso que se faça a correção. Não é a Esperança a última que morre. É o Amor Verdadeiro, de quem ama sem limites, sem tempo e lugar.
O Amor é o último que morre. Definha humilhado. Sucumbe quase morto. Mas resiste, como um brinquedo, no quarto de uma menina que já cresceu.
A gente só não entende por quê...
Quando o sol se põe a dor dói mais.
A ausência se faz maior e sobe a maré
com as lágrimas que caem de mim.
Eu juro que não queria te amar assim.
Somem as rimas de um verso
que não é mais de amor.
Agora só o silêncio e nem mais um “ai”.
Você distante. Eu por aqui. Entre nós, o mar.
“Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.” (Clarice Lispector)
" Nossa li em um suspiro so! É de perder a respiração esse seu texto! Putz Tô sem palavras. Você tá superando Martha Medeiros kkkkk
ResponderExcluir"Doei-me todo e por inteiro a ponto de descuidar de mim. Te perdi por não lhe ter o bastante. Agora tenho muito para cuidar. Amei tanto e de uma forma tão monstruosa que acho que nem por você sentira o mesma coisa. Mas decidi não passar meus dias juntando cacos, vou começar de novo e vai valer a pena!
Putz... sem palavras! *--*
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