quinta-feira, 10 de março de 2011

Se morre, mesmo, de amor?

amor

Não sei se é o seu caso. Mas a maioria das pessoas que conheço afirma morrer de amor por quem não merece... Especialmente, as mulheres!

No início, a paixão é recíproca. O envolvimento é total. Viramos adolescentes. Pensamos na cor do esmalte, na roupa apropriada, nas palavras a serem ditas. Não nos escapa qualquer detalhe. E a gente vai. Se joga. Cai de cabeça na relação. Empolgação total. Nós, mulheres, somos mestras nesse negócio de se entregar!

O tempo vai passando e as pessoas se conhecendo melhor, a cada dia. Ninguém consegue representar por muito tempo. Os defeitos sempre aparecem. As incompatibilidades também. Isso é muito compreensível, pois afinal somos pessoas realmente diferentes, com valores e experiências diversas, temperamentos e personalidades distintas. Aquele “sentimento mágico” vai sendo substituído pela transparência dos fatos e pelas reações mais reais. Surgem os primeiros problemas e as primeiras decepções. Nosso príncipe não é tão encantado assim...


Os relacionamentos amorosos, ainda que perdurem, passam por essas fases. Da paixão, há de sobrar o amor! Muitas vezes, a amizade. Companheirismo. Algumas afinidades. E a relação permanece. Quando vivemos uma relação, um dos dois precisa ceder; experimentar o novo, desprender-se de suas “verdades” e pontos de vista estabelecidos. Dar a vez! É preciso querer permanecer. Fazer por onde. Relevar, relevar e relevar, mais uma vez. A tão famosa paciência, passa a ser necessária.


Existem pessoas que são egoístas. Gostam de determinar os rumos do seu romance. Esquecem que o namoro envolve uma dualidade de pensamentos e quereres. Elas impõem suas vontades. Cabe ao outro(a) seguí-las. Está posto a principal queixa que sempre ouço das amigas: morremos de amor pela pessoa errada, porque eles não nos valorizam. E ainda assim, não queremos abrir mão desse amor!


Ele já não telefona tanto. A gente morre de ansiedade esperando ele ligar. Ele já não demonstra o mesmo tesão. A gente investe nas fantasias do sex-shopping. Ele já não fala mais “eu te amo”. A gente fala em dobro, pra ver se ele se manca... Em vão! Ele não manda scraps no orkut. A gente enche a página dele de carinhos. E a história se repete, em várias situações análogas. Fica então a pergunta: por que desejamos tanto continuar? Se não somos amadas, como gostaríamos, por que continuar insistindo?

Não há resposta fácil para essa questão. Poderíamos buscar explicações na psicologia, na história de vida de cada um. Prefiro pensar no amor. Prefiro acreditar que não desistimos, porque sentimos amor verdadeiro. O amor é ridículo, até por nos colocar em situações assim. Mas ele é forte e aguenta o tranco. E é esperançoso também. Sempre acha que tudo vai mudar... pra melhor!


Estamos a caminho da Páscoa. Momento de reflexão. Aproveite. Faça um balanço: até que ponto vale a pena insistir num amor unilateral? A separação dói. Mas será que doerá mais do que as dores de todos os dias? Será que a esperança de encontrar um novo amor, mais parecido conosco, não merece uma nova chance? Só você é capaz de encontrar o melhor caminho. Só você saberá responder todas essas questões.


Enquanto as respostas não forem dadas, estarei aqui, pronta para ouvir. E, mais pronta ainda, para escrever a respeito. Afinal, parceria é estar junto. Alguns chamam isso de AMIZADE... Eu também!

7 comentários:

  1. Nossa, De! Que questão complexa?
    Mas, serei sincera: aprendi a ser egoísta nesse termo. Primeiro "Eu". E sempre deixei bem claro: Se está bom pra MIM, eu fico. Se não, tchau e pronto. Tem dado certo. Ou, de repente, achei a pessoa certa,há aproximadamente dezoito anos. Rsrsrsrsrs. Claro que não penso nem tenho a intenção que acabe, mas continuo me amando primeiro. Bjs.

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  2. Er.. Vc agora me dá conselho através de blog tb? heheh

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  3. Sabe Denise o amor unilateral, solitário é muito triste. Não largamos DEFINITIVAMENTE, porque ainda resta um pouquinho de esperança do do amor se tornar fantastico. Que as fantasias, os interesses e o tesão possam ressurgir das cinzas. Mas a cada dia que passa vivemos num mundo egoísta, cada um pensando em si, vivendo para si e satisfazendo seus únicos interesses. Por isso, nós que amamos incondicionalmente, sofremos demais. Mas um dia, quem sabe se não conseguiremos evoluir e nos tornarmos unilaterais?

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  4. Acho que nunca serei assim, Karla. Sou e sempre serei uma romântica, sem precedentes...

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  5. To passando por isso, ou quase por isso..
    Perdi o grande o amor da minha vida (eu acho, acho que perdi e acho ser o grande amor).. Ele "acabou" tudo ou deu um tempo (famoso tempo que a gente nunca sabe se volta ou nao), isso tudo ficou entre linhas, nao foi claro, o fato e, ou eu "melhoro" ou e definitivo! Estamos juntos a 1 ano, foi tudo muito ligeiro e em menos de 8 meses fomos morar juntos, fui imatura e so hoje eu vejo isso, meu ciumes e a minha inseguranca afastaram ele, eu tinha medo ate da sombra, do que izatamente nao sei, so sei que tinha um medo enorme de perde e por isso cercava de todos os lados, e.. perdi! Lendo este texto percebi que estas coisas acontecem com todos, eu achava que era so comigo.. com a convivencia ele mudou muito, confesso que eu tambem, me tornei possesiva, e ele, um prisioneiro tentando escapa da "prisao" que eu criei.. Acho que muitos ja passaram por isso, e valido, aprendi e nao quero repeti isso, seja com ele ou com quem for.. Mas confesso que ainda tenho esperancas de uma reconciliacao..

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  6. Muito bom quando a gente aprende com os nossos erros e não os repete! Todos temos a nossa hora de recomeçar... Se ainda não for a sua, espere. Tudo a seu tempo. Boa sorte e nunca se esqueça: ame-se primeiro. Só assim vc conseguirá amar outra pessoa! Beijo.

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  7. Tenho uma tese, quanto mais liberdade der a pessoa quem vc ama, mais preso a vc ela estará. Não confunda liberdade com libertinagem, pessoas adultas não gostam que fiquem controlando e nem espiando o que estamos fazendo. Digo para pessoa anônima acima.

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