quarta-feira, 30 de março de 2011

Crianças e os limites.

O mundo mudou, ninguém pode negar. As mulheres conquistam, cada vez mais, o seu espaço na sociedade. Trabalham fora; muitas sustentam a família sozinhas, ganham mais, são reconhecidas… Os pais precisam trabalhar também, porque o custo de vida é alto; porque o consumismo dita as regras e é preciso comprar, comprar, pagar, pagar… Daí trabalha-se cada dia mais.

Toda essa engrenagem, que impulsiona a economia e o PIB do país, acaba deixando as crianças sem os pais dentro de casa. E aí surge a questão: Por quantas anda a educação de nossos filhos? Crianças sem limites: é este, muitas vezes, o resultado!

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A mãe falava: “Não trepa aí”! E o pequeno trepava, na cara dela! A mãe falava: “Não abre!”. E ele abria e e ainda sorria... Foi esta cena que presenciei no supermercado, indignada. Os que passavam trocavam olhares de cumplicidade, enquanto abanavam a cabeça e emitiam muchochos… Um vexame!

Esta não é uma cena rara. É bem corriqueira. Associada a ela, tantas outras que presenciei hoje e presencio todos os dias. Tenho a impressão de que a falta de educação está generalizada, colocando as crianças educadas como exceções!

Conversando com a mãe de uma aluna, percebi que muitas famílias colocam na escola o papel que antes era seu: a de educar seus filhos! E ainda cobram competências… Sinceramente, penso que a escola não tem esse papel. Educação deve vir de casa. Deve ser estabelecida na colocação de limites pelos pais. Pai e mãe devem dizer sim, mas também devem dizer não. Devem conversar a respeito. Esclarecer dúvidas. E, principalmente, mostrar o certo e o errado: as regras sociais.

Não se perde nada educando os filhos. Não se perde nem tempo… Ganha-se em qualidade. Lembro da frase que diz: "Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e se esquecem da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."  A conversa é mesmo por aí.

Não tenho nenhuma fórmula. Não recomendo nenhum método para se corrigir menino. Cada um sabe de si e faz aquilo em que acredita. Mas é preciso que se faça mesmo algo. Crianças não nascem sabendo as regras de convivência… Precisam aprender. E elas não aprendem sozinhas. Precisam dos pais, dos irmãos, dos avós, dos brinquedos. Crianças precisam brincar! E isso é mesmo muito sério!

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A nova sociedade está “amadurecendo” demais os pequenos, antes da hora. Tantas informações acabam estimulando a precocidade… E as brincadeiras vão sendo deixadas de lado. Criança precisa ser criança mesmo, mas precisam ser ensinadas, corrigidas, estimuladas, levado-as a desenvolverem a auto-confiança, a criatividade, a autonomia e a formação do caráter. Pai e mãe são fundamentais nessa função. Quando falo “pai e mãe”, me refiro àqueles que criam, não necessariamente aos genitores biológicos.

A verdade é que crianças mal educadas são insuportáveis. Ninguém quer ficar perto. Ninguém gosta. Pense nisso. Será que você não prefere ver seu filho amado e elogiado por todos? Ser um cidadão de verdade, desde novinho? Crianças já podem exercer sua cidadania, desde novas. Apenas precisam saber, primeiro, como se faz isso. Você tem sido um bom exemplo para elas? Aprendemos mais com atitudes, do que com palavras.

É por isso que eu sempre digo, colocar filhos no mundo exige muita responsabilidade. Filhos são para toda vida. E nossa responsabilidade com eles também!

“Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um castigo.”
(J. Petit Senn)

6 comentários:

  1. Muito bem Denise, compartilho com vc desta opiniao, acho que foi bem prudente e real nesta interpretaçao do momento escolar do aluno.

    abraço, e bom dia de trabalho amanha

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  2. É verdade minha querida concordo com você,e infelizmente isso é um problema que passa desapercebido aos olhos de todos.Os valores antigos de nossos pais estão cada vez mais sendo esquecidos,deixados para trás,ficando apenas na memoria daqueles que realmente receberam a verdadeira e correta educação,e foram criados para serem adultos com principios e valores que só eles tiveram o privilégio de conhecerem e entender seu verdadeiro significado.é lamentável e muito triste.
    Deus abençõe você sempre.Um beijo.

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  3. Como sempre você tocou no x da questão. Nos dias de hoje está sendo delegada à escola a função de educar. Muitos se esquecem, que como diziam nossos avós, educação vem de berço. Nunca é tarde para começar.
    Um abraço.

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  4. Concordo contigo e assino embaixo. Eu sou muito rígida com meus filhos. Mas confesso que está muito difícil educá-los segundo os meus princípios, pois a Giovana sofre a influência dos colegas de escola, que, na maioria deles, são criados sem limites. Minha resposta é sempre a mesma: A SUA MÃE É OUTRA. O Arthur ainda é cedo para avaliar, mas temo pelo futuro dele vendo como são as crianças que ele vai conviver. Mesmo assim, incansavelmente, procuro impor limites, regras e levá-los na igreja, acredito que professar uma religião, e a minha é a católica, ajuda muito na questão de educar os filhos. Com a Giovana tem dado certo.
    Bjs.

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  5. Me lembro de um almoço na casa de uns primos que fui com meu marido e meu filho ainda pequeno, com uns 10 ou 11 anos, não lembro bem.
    Estavamos em volta da piscina, quase toda a familia e o filho de uma prima minha corria, quebrava coisas, derrubava coisas dentro da piscina de propósito e o pai ia tentando arrumar o que ele destruia sem repreendê-lo enquanto isso em um canto meu filho observava aquilo assustado e me olhava com uma interrogação na testa. Nesse momento a mãe da pestinha em questão me olha e solta essa pérola: _Tão quietinho o seu filho, né?
    e disse isso como se meu filho fosse um anormal.
    Diante da observação infeliz dela so tive uma imediata e instintiva resposta: _Graças a Deus, né?!
    Mas tive muita sorte com essa alma que Deus colocou no meu ventre, porque eu realmente nunca tive que impor limites a ele que parece já ter nascido educado, mais do que eu inclusive, que se tivesse que educá-lo estava roubada.
    Hoje em dia, já é um rapaz e costumo dizer a ele quando sai pra alguma balada que não faça nada que eu não faria e ele me responde que certamente fará BEM MENOS do que eu faria!
    Esse veio pra me ensinar e não pra aprender comigo.

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  6. e verdade,nossos pequenos estão impociveis,e dificil não ver uma senana dessas que a mãe fala naõ e o pequeno parece que nem escuta e ainda olha com uma carinha de quem esta mandando no pedaço;não sei o que esta acontecendo com a criação de hoje em dia,so sei que quando eu e meus irmãos estavamos fazendo algo erado meu pai e minha mãe so olhavão não precisava nem falar...como eu queria que fose assim nestes tempos de agora...

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