O difícil

Toda família tem: na minha, na sua, na de todo mundo. Às vezes mais longe, às vezes bem perto. O inegável é que é muito difícil lidar com a pessoa difícil.

Os antigos diriam que tem gênio ruim. Uma peste! O seu prazer é infernizar sempre que pode. E quando não pode, principalmente.

O difícil é assim. Encrespa-se por nada. Cria caso, gera conflitos. É agressivo. O seu principal objetivo é desarmonizar! E, para nós, sobra saco cheio e falta paciência…

O difícil pode estar nas melhores famílias. No seu local de trabalho. Na sua sala de aula. Pode ser a sua sogra! Pode ser a sua mãe. Nasce assim. Ou talvez seja fruto de uma educação mal dada ou do acúmulo de defeitos adquiridos com o tempo. Ou talvez seja o somatório de tudo isso.

O difícil tem pavio curto. Gosta de provocar, de dar opiniões fora de hora, de ver sempre o lado mau de todas as coisas. É arrogante. Impõe-se. Sufoca. Transborda!

Aprender a conviver com a pessoa difícil praticamente nos santifica, tamanho é o esforço que precisamos empenhar, para manter um bom nível de relacionamento. Buscamos cotidianamente forças que nem sabíamos ter… Mas isso também tem o seu preço.

Lidar com o difícil pode fazer adoecer nossa alma! Sustentar uma situação insustentável custa caro. Dependendo do nosso grau de parentesco, podemos dizer que é uma missão (das mais difíceis!). Mas, se for possível, eliminar o vínculo é o mais saudável a ser feito (só quem está no problema é que pode avaliar; cada caso é um caso).

Mas antes de qualquer coisa, avalie-se. Perigoso achar que todos estão errados e só a gente é que está certo. Possivelmente, nesses casos, o difícil somos nós!

Desconfie.

Todo difícil acaba falando sozinho!

Ou mudo.