Guardar ou não guardar as velhas cartas de amor?…
Quase todo mundo já passou, ou passa, por esse dilema. Dependendo do tempo, os papéis já estão amarelados, amassados, respingados de café, besuntados de manteiga… Mas eles ainda estão lá, na gaveta, ocupando lugar no espaço, recordação de um relacionamento que não existe mais!
O tempo foi implacável. Passou tão rápido! Nem lembrávamos mais das cartas… Porém um dia, por um motivo qualquer, deparamos com aquele “pacote”.
De imediato nem sabemos do que se trata, mas quando o abrimos: o coração dispara, a boca seca, uma saudade aparece, não sabemos de onde. E uma memória daqueles dias fogosos invade o nosso presente, sem pedir licença.
E a gente que pensava que nada disso existia mais…
A curiosidade remete à imediata leitura. Tudo mais deixa de ser importante e o tempo, que passou tão rápido, pára, para que cada linha possa ser relida e absorvida… Refletida. Relembrada. E não tem como ser diferente: uma saudade gritante aparece forte. Inebriante…
Onde foram parar aquelas pessoas dos tempos de outrora? Que rumos tomaram aqueles amantes? Por que tanto amor chegou ao fim? Não há um deus protetor para os apaixonados? Se há, vacilou feio! Um amor que não seguiu seu curso. Tanta coisa passa na nossa cabeça, naquela hora em que o tempo parou!
De repente, a gente acorda atônito. Se liberta das amarras daquele passado que não existe mais. A magia das palavras escritas perde o seu encanto. O nosso presente é a nossa vida real. Temos um amor do nosso lado agora. E ele não está num papel: está num corpo que abraça, que aquece, que atordoa… Sim, e é amor de verdade! É real.
Então, de volta ao dilema inicial, o que fazer com as velhas cartas de amor?
Penso que só você saberá o que fazer no final…
"O destino une e separa as pessoas, mas, nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas, que por algum motivo um dia nos fizeram felizes".
Minha velha amiga.
ResponderExcluirJogue-as fora. Nós as guardamos logo depois do fim do relacionamento, como quem
ainda não quer que o nosso amor se afaste. Mas o fator tempo que nos cura ou a vinda de
um novo amor, faz com que esqueçamos daqueles que nos fizeram felizes. Como você
mesma disse no seu blog - "Temos um amor do nosso lado agora. E ele não está num
papel: está num corpo que abraça, que aquece, que atordoa… Sim, e é amor de verdade! É real."
Restam apenas as lembranças e um cantinho no coração. E essas duas coisas pesam bem
menos que as velhas cartas.
Beijos e cuida-se muito.
Archi.