Eu confesso: já fui assinante da Revista Veja por muitos anos!
Anos oitenta e eu estava entrando no mundo adulto. Tinha casado, estava trabalhando, também estava na faculdade… e assinar esta revista representava um certo status. Enfim, ela chegava semanalmente e eu e meu ex-marido éramos leitores assíduos.
O tempo passou e as coisas foram se modificando. Nós fomos nos modificando, tanto, que mudamos de estado, nos separamos, tivemos um filho, e eu ali, fiel à assinatura da revista.
Até que não deu mais! Precisei me separar da Revista também. Incompatibilidade de visão de mundo. Incompatibilidade ideológica. O mundo que eu acredito e desejo não é o que é veiculado naquelas páginas.
No mundo que eu acredito, as pessoas são consideradas inocentes até que se prove o contrário! Não se apresenta ninguém como culpado sem provas reais e sem julgamento… O furo jornalístico tem limite na ética!
Enfim, eu acredito que todos têm o direito de defesa na mesma escala de grandeza, com que foram denegridos! Mas dificilmente isso é possível. Uma vez lançada a desconfiança, geralmente, não se consegue mais voltar atrás…
Percebi que estava pagando para me aborrecer, literalmente. Estava contribuindo para manter uma imprensa que não satisfazia meu pensar sobre todas as coisas. Parei de assinar. Respirei aliviada.
Mas a luta continua. E a cada número uma surpresa e uma indignação. Tanta gente ainda se deixa seduzir pelas suas “verdades”… Pena!
O Brasil seria mais justo e feliz se toda imprensa cumprisse o seu papel primeiro que é apenas informar… As tendências ficariam a cargo dos partidos políticos: seria mais claro, democrático e honesto!
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