terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amor & Ciúmes

“E até quem me vê,
lendo jornal,
na fila do pão
sabe que eu te encontrei.
E niguém dirá
que é cedo demais,
que é tão diferente assim…
O nosso amor
a gente é quem sabe…”
("Último Romance" / Rodrigo Amarante)
Tem dias que a gente está assim mais apaixonado… Entra na internet, no youtube, e vai procurando aquelas músicas especiais…
Alguém já disse que o amor é ridículo. Concordo. Só que eu digo que tem algo mais ridículo que o amor: o ciúme. Que sentimento ruim é esse que nos torna assim tão criativos?! Imaginamos, criamos histórias, inventamos e sofremos com tudo isso! Ah, como sofremos! Não gosto de sentir ciúmes. Me sinto ridícula, sem amor-próprio. Insegura. Não sei lidar bem com isso…
Não sei se isso acontece com você. Talvez você saiba lidar melhor com esse sentimento. Talvez nem sinta… Mas eu não consigo evitá-lo. Sem dúvida o ciúme é ridículo, mas é inevitável em algumas situações. Instintivo! É formado por três personagens e gerado por alguma determinada situação. O ser amado cobiçado… Ah, como este ser é amado… E temos medo de perdê-lo. Amor & Ciúmes.
A coisa começa mais ou menos assim: no início tudo é perfeito. Nos contentamos com pouco, porque tudo é muito, é lindo, é único. A paixão é envolvente. Aos poucos a paixão vai virando amor. E o ser passa a ser “ser-amado”. E nossa felicidade parece depender da reciprocidade desse sentimento. Perdemos o foco. Muitas vezes nos perdemos de nós mesmos. Deixamos de ser EU e passamos a ser NÓS. Tudo é melhor quando feito a dois. Nós dois. E aí… aparece aquela situação que foge ao nosso controle. E aquele sentimento horrível surge e toma conta de nós. Ciúmes. Horrível. Ridículo. Mas como dói…
Só tem um jeito: racionalizar as emoções. Organizar uma lista do que é realmente fato e separar do que é imaginário e especulativo. Desta forma, podemos verificar se há realmente perigo ou é apenas egoísmo nosso disfarçado! Não queremos que o “ser-amado” seja feliz sem a nossa presença.
Muito se fala sobre o ciúme. Se estuda. Se escreve sobre ele. Mas ninguém ainda descobriu como vencê-lo ou evitá-lo. Aceito sugestões. Afinal é uma dor que não passa com analgésico… Bem, talvez um beijo espontâneo e apaixonado resolva em parte o problema!
O amor pode ser ridículo, mas o ciúme é muito mais!

2 comentários:

  1. Ciúmes é praga. Como inveja, ódio, soberba.

    E o verso que abre o post é um trecho da belíssima música "Último Romance" do Los Hermanos, de autoria de Rodrigo Amarante:
    http://www.youtube.com/watch?v=7SgmYP6kKvA

    Bjo!

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  2. Ciúmes não é água no leite, é soda cáustica mesmo!É a mistura explosiva de amor, ódio, avareza e orgulho, no começo pode até parecer bonito...Mas o final, o final, nitroglicerina pura!

    "Se o ciúme é sinal de amor, como querem alguns, é o mesmo que a febre no enfermo. Ela é sinal de que ele vive, porém uma vida enfermica, maldisposta e pode levar a morte. "
    ( Miguel de Cervantes )

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