domingo, 17 de janeiro de 2016

Cantinho Valdemar

cantinho Valdemar(Foto: Rosemar de Oliveira)

Valdemar era o nome do pai de um amigo meu.

Morava com a família, em Nova Venécia, município ao norte do Espírito Santo. Não o conheci, mas sei que foi um grande homem!

Meu amigo Rosemar de Oliveira é que nos conta:

“Meu pai foi uma figura folclórica em Nova Venécia. Em virtude do grande bigode era conhecido por Valdemar Bigode. Era um tipo que o povo achava que era imortal pela sua grande amizade.

Depois de sua morte, a prefeitura mandou fazer uma pequena calçada perto da casa da minha mãe, com alguns bancos, e colocou o nome de Cantinho Valdemar, que pode ser  besteira para alguém, mas, para mim, tem muito valor. Por isso, escrevi algo simples, mas de coração!”

Cantinho Valdemar

(Rosemar de Oliveira)

O poeta é um sentimental

Que canta para não chorar

Dor, saudade e desprezo

São motivos para rimar.

Peço a Deus onipotente

A luz da inspiração

Para expressar com carinho

O que manda meu coração.

 

Meu pai um dia viajou

Partiu sem dizer adeus

Foi passear no infinito

Num cantinho perto de Deus.

A saudade vai corroendo

É grande a nostalgia

Mas chorar não é homenagem

A quem viveu com alegria.

 

Lembrar sempre com saudade

Mas nunca lembrar com tristeza

Seu lugar é reservado

No topo da nossa mesa.

Deus sabe o que faz

Vamos agradecer sem chorar

Hoje existe em Nova Venécia

O “Cantinho Valdemar”.

 

Agradeço com carinho

Ao autor desse projeto

Receba as bênçãos de Deus

Que do universo é arquiteto.

Que o senhor o ilumine 

Estou orando com fervor

Para que não falte em sua casa

Saúde, paz e amor.

 

Deus me fez um simples poeta

Escrevo o que vem do coração

A ausência de alguém

Traz angústia e solidão.

E hoje nesse cantinho

Com poesia e humildade

Quero cantar a tristeza

E sorrir dessa saudade.

 

Linda homenagem.

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