sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dia Mundial do Perdão

perdao (1)

Não sei se hoje é, de fato, o Dia do Perdão. Encontrei, no Google e na Wikipedia, outras diferentes datas para essa comemoração. Mas não importa. Celebremos todas elas!

Certa vez, conversei com um padre sobre uma situação que tinha acontecido comigo, causada por alguém que tinha me feito muito mal. Eu disse para ele que seria incapaz de perdoar a tal pessoa!

Surpreendeu-me quando o padre me disse: “mas a pessoa quer ser perdoada? Ela lhe pediu perdão? Porque o perdão é uma atitude de mão-dupla… Se não for assim, você não precisa se afligir com isso!”

Passei longos anos cismando com essas palavras. Parecia um tanto improvável que o sacerdote tivesse me dito que eu não precisaria perdoar aquela que tinha me feito tão mal! Não foi Jesus que disse que temos que oferecer a outra face? Acontece que são duas coisas bem diferentes. E eu só entendi isso, muito tempo depois.

Esquecer o mal. Passar por cima. Nem lembrar mais do que aconteceu: é uma coisa bem diferente de perdoar! Para existir perdão tem que haver, como o padre disse, primeiramente, arrependimento, vontade de ser perdoado. Então caberá ao outro restabelecer o laço, o vínculo, apagando de vez o mal feito. Isso é perdão. Bem diferente de esquecimento

O padre estava certo. Precisamos aprender a perdoar para estarmos preparados. Então, quando nos pedirem perdão, aí sim, provaremos nossa grandeza. Passaremos uma borracha por cima e seguiremos adiante. Mas enquanto isso não acontecer, não haverá uma situação de perdão.

O tempo ajuda. Afasta. Acalma as dores. Mostra o que realmente importa. Mas tem pouca (ou nenhuma) influência sobre as atitudes de perdoar e de ser perdoado. Tem mais a ver com o querer de cada um. Traços de personalidade, valores adquiridos, consciência, maturidade, caráter. Cada um é, sem dúvida, único. E como o perdão envolve dois, nem sempre ele é possível…

Aproveite as horas que ainda restam do dia. Pense que a vida é curta e reestabelecer laços pode valer à pena…

Dê, você, o primeiro passo. E boa sorte.

perdoando

Ah, e à propósito, a tal pessoa nunca me procurou para pedir perdão. Portanto ainda não precisei perdoá-la. E esquecer? Bem… Não totalmente. Quem sabe um dia…

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